São Martinho entra no mercado de biometano com know how e tecnologia da Sebigas Cótica
Unidade Santa Cruz, localizada em Américo Brasiliense (SP), produzirá biometano – o gás natural 100% renovável – para substituição do gás natural fóssil.
A Sebigas Cótica, empresa especializada no desenvolvimento de negócios em biogás e biometano, é a responsável pelo projeto da primeira planta de produção de biometano da São Martinho, uma das maiores e mais reconhecidas empresas do setor sucroenergético do Brasil. A planta, que será instalada na Unidade Santa Cruz, localizada em Américo Brasiliense (SP), produzirá o gás natural a partir da biodigestão da vinhaça de cana-de-açúcar, um resíduo proveniente da fabricação de etanol.
“Nossa parceria com a São Martinho é um caminho construído através de um processo estruturado e sólido de validação e aprovação do investimento, aplicando nossas soluções de tecnologia e engenharia, trabalhando em conjunto pela viabilidade do projeto até chegarmos neste importante marco. Para a Sebigas Cótica, é a consolidação do que nos guia enquanto negócio: estar lado a lado com os players mais relevantes do setor, criando negócios efetivamente sustentáveis”, destaca Mauricio Cótica, diretor executivo da Sebigas Cótica.
“A planta de biometano da Santa Cruz marca a entrada da São Martinho no mercado de gás natural de origem renovável e reforça nosso posicionamento em contribuir de forma efetiva para a transição energética rumo a uma economia de baixo carbono. Esse novo negócio está alinhado ao nosso plano estratégico e nos permite aumentar a rentabilidade por hectare cultivado, gerando mais valor para nossos acionistas garantindo a produção de carbono renovável de menor custo. A produção do biometano tem início com 20% do nosso potencial, conectado ao sistema de distribuição via gasoduto e capaz de oferecer uma alternativa renovável a uma região com alto consumo de combustível fóssil”, destaca Fabio Venturelli, presidente da São Martinho.
A Sebigas Cótica segue com sua atuação em conjunto com a São Martinho no acompanhamento das fases de construção e montagem até a entrada em operação da planta, fechando o ciclo de aplicação da tecnologia e efetividade dos resultados projetados para a unidade da Santa Cruz.
BIOMETANO DE VINHAÇA
A unidade Santa Cruz receberá a primeira planta de produção de biometano da São Martinho, a qual terá um volume médio de 63 mil metros cúbicos de biometano por dia, durante período de moagem, a partir de 2025. A Sebigas Cótica está aportando a sua tecnologia proprietária CLBRTM (Covered Lagoon Bio Reactor) 100% nacional, que é capaz de realizar a biodigestão anaeróbia da vinhaça, resíduo oriundo da cana-de-açúcar após o processo de fabricação de etanol.
“Nossa metodologia de trabalho é baseada em três pilares que norteiam os excelentes resultados no uso da tecnologia a ser aplicada para a São Martinho. Alta eficiência de conversão da matéria orgânica em metano, disponibilidade de produção da planta com estabilidade de geração de biogás e a relação entre CAPEX e OPEX bem estruturado; isso reflete no baixo consumo elétrico, segurança operacional e, principalmente, na performance acima da média de mercado”, explica Lorenzo Pianigiani, diretor comercial da Sebigas Cótica.
REDUÇÃO DAS EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA (GEEs) E ECONOMIA CIRCULAR
O biometano é um gás natural renovável oriundo do processo de purificação de biogás, sendo uma fonte energética de potencial exponencial na matriz de transição energética do país. Com produção aproximada de 15 milhões metros cúbicos por safra, ao substituir o consumo de gás natural fóssil, o uso do biometano da São Martinho tem o potencial de evitar a emissão de até 32 mil toneladas equivalentes de gases de efeito estufa, quantia compatível com 91 mil viagens de caminhão entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro por ano, ou 250 viagens por dia.
Além de transformar a vinhaça em energia renovável, o processo de biodigestão anaeróbia libera digestado em PH neutro, um produto rico em nutrientes (NPK), o que possibilita seu uso em processos de fertirrigação sem agressão ao solo.
“Ainda vale reforçar que a vinhaça biodigerida seguirá sendo utilizada como adubo orgânico nos canaviais da unidade, como era feito antes com a vinhaça in natura. É mais um grande exemplo de economia circular na São Martinho, transformando em receita o que, antes, era visto como resíduo, e contribuindo de forma sustentável para o avanço econômico no uso de fontes renováveis de energia”, conclui Venturelli.